terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A entrada de Jesus em Jerusalém

1-Estando próximos de Jerusalém, perto de Betfagé e de Betânia, junto ao Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos 2e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente de vós e, logo que nela entrardes, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém montou. Soltai-o e trazei-o. 3E se alguém vos perguntar: ‘Porque fazeis isso? ‘respondei: ‘O Senhor precisa dele;’ e logo o mandará de volta.» 4Partiram e encontraram um jumentinho preso junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e soltaram-no. 5Alguns que ali se encontravam disseram-lhes: «Que é isso de soltar o jumentinho?» 6Responderam como Jesus tinha dito e eles deixaram-nos ir. 7Levaram o jumentinho a Jesus, lançaram-lhe por cima as capas e Jesus montou nele. 8Muitos estenderam as capas pelo caminho; outros, ramos de verdura que tinham cortado nos campos. 9E tanto os que iam à frente como os que vinham atrás gritavam:
Hossana!
Bendito seja o que vem em nome do Senhor!
10Bendito o Reino do nosso pai David que está a chegar.
Hossana nas alturas!


O enquadramento

O enquadramento espacial da acção numa tipologia de tipo topográfica, em primeiro, nas proximidades de Jerusalém, de Betfagé e Betânia, junto ao monte das oliveiras (v.1), depois na aldeia onde o jumento se encontrava (v.4-6).

Em relação à dimensão temporal, a acção passa-se no tempo factual, durante um dia ou mais.


A temporalidade

O relato abre-se com uma velocidade normal caracterizada da cena que constitui o diálogo em que Jesus envia os discípulos à aldeia (v.2/3). Passamos depois para um ritmo do tipo de sumário em que em poucas palavras já os discípulos trouxeram o jumento e Jesus montou e caminhou montado onde é aclamado. Este ritmo apenas é interrogado nos versículos 5 e 6, no diálogo entre os dois discípulos e os habitantes da aldeia em que se encontrava o animal. Assim, o relato termina com a multidão a dar graças, aclamando Jesus.

Para terminar podemos dizer que se trata aqui de um relato singulativo, já que apenas narra uma vez acontecimento único da história contada.

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