Nesta narrativa da tempestade acalmada a história é a mesma mas os discursos são diferentes. Têm pormenores que os distinguem. Mateus e Lucas são mais uniformes. Marcos é o que tem mais diferenças, isto é, tem alguns pormenores que os outros não têm. Marcos, diferentemente dos outros dois evangelistas, refere pormenores que são únicos, tais como: que era “já tarde” (4,35); que “eles deixaram a multidão” (4,36a); que “havia também outros barquinhos” (4,36c); que durante a tempestade “o barco já se enchia de agua” (4,37c); que Jesus “estava na popa” (4,38a) “dormindo sobre uma almofada” (4,38b).
Estes pormenores, como vimos na aula, embora aparentemente inúteis do ponto de vista doutrinal, têm a capacidade de envolver o leitor e de fazê-lo participante do acontecimento evangélico. Neste sentido, vemos que Marcos é um óptimo contador de histórias.
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